Já lá vão oito meses desde que escrevi da última vez. É engraçado como a minha vida mudou nestes últimos tempos e faz-me lembrar aquela frase que uma vez li algures: "A vida é marcada por longos periodos de inutilidade intercaladas com pequenos momentos decisivos". Não podia ser mais verdade. Há dias que nunca esqueceremos e um desses dias para mim foi o Domingo em que sem estar a contar verdadeiramente te conheci.
Tendo sido deixados ambos pendurandos em Barcelos, decidimos ir passear um pouco a pé, o tempo estava agradável. Devemos ter andado horas e horas a pé nesse dia, no entanto a minha felicidade desse dia superou de longe o meu cansaço. Acabamos por ter o melhor encontro do mundo sem sabermos que o era. Ainda hoje me lembro de sorriso no rosto estarmos sentados na praia-fluvial, com a vista para a ponte, ao por-do-sol a falar sobre tudo e sobre coisa nenhuma.
Lembro-me com ternura de todos os dias desde então, a ida à praia em que me esqueci da toalha(como esquecido que sou), o quase-beijo no fim do teatro, a quase-ida a pé à Senhora da Aparecida, os incontáveis cafés a que por falta de originalidade te convidava. Lembro-me por último do dia seis de Agosto, o dia em finalmente juntei coragem de demonstrar o que já sentia por ti.
Desde então já lá vão 4 meses. E nestes quatro meses aprendi contigo o que realmente significa o amor e que nunca tinha verdadeiramente amado alguém antes. O verdadeiro amor não é algo que se encontra, é algo que se constroi, dia-a-dia, passo-a-passo, no melhor e no pior. O amor não é apenas atracção, o amor é completa confiança e entrega incondicional. O amor é um desejo incessante de estar com alguém e uma dor insuportável quando isso não é possível...
Para mim o amor é o conforto daquele sorriso, daquele olhar, a felicidade daquele abraço...
Para mim o amor és tu...
4 meses <3 :)
Embora a população jovem seja conhecida por pouco siso e demasiado tempo livre, há sempre algumas"modas" que tais circunstâncias trazem à luz que me deixam estupefacto. Consta que uma das "modas" que surgiram recentemente envolve um tampão, álcool e uma capacidade extremamente baixa de pensar antes de agir.
O procedimento é relativamente simples e envolve dois passos: o tampão é embebido na bebida que o utilizador mais prefira; o dito indivíduo insere o dito tampão onde o sol não brilha. (e não me refiro à boca). Muitos dizem que vodka é uma boa opção (e eu duvido seriamente que faça alguma diferença a bebida escolhida).
Defensores de tal prática dúbia afirmam que existem enormes vantagens em relação à habitual forma de beber álcool, como o utilizador não ficar com o hálito que, posteriormente, poderia levar à sua detecção numa possível paragem STOP pela polícia( a única forma de detecção seria uma análise ao sangue ou uma inspecção muito desconfortável tanto para o polícia como para o prezado) e a bebedeira ser mais rápida pois o álcool é mais facilmente absorvido pelo sangue.
Como é óbvio tal actividade, por mais sensata e inteligente que possa parecer, traz enormes riscos de saúde, nomeadamente infecções graves... e perigo de humilhação pública e suicídio social quando os teus amigos descobrirem.
E depois o louco sou eu...
"Nada de nada" tem sido ultimamente coisa nenhuma. Poderia porventura atribuir culpa à falta de tempo, à carga de trabalhos a que a universidade nos obriga ou a outros hobbies que hipoteticamente ocupassem o tempo que deveria ser dedicado à escrita. Estaria no entanto a mentir descaradamente e acredito piamente que de mentirosos já estamos todos fartos, é a custa dos mesmos que atravessamos a situação política e económica actual.
A principal causa do afastamento da escrita terá, porventura, sido a necessidade de me esquecer da razão que me levou a começar a escrever o blog. Tenho tentando ter uma atitude positiva perante a situação e decidi refrescar as ideias, não continuar continuamente a abrir a ferida. Posso dizer que, a partir deste momento, qualquer razão que eu tivesse para não escrever encontra-se completamente esquecida.
Recentemente reencontrei uma das pessoas que mais admirei durante o meu percurso escolar. Alguém que escreveu e escreve pelo puro prazer da escrita, sem desilusões ou alusões amorosas como inspiração, sem raiva para desanuviar por qualquer meio. A este tipo de pessoas chamamos escritores, creio eu, e ela é o única que pessoalmente conheço. Esta minha (espero que amiga seja um termo aceitável por ambas as partes), relembrou-me que não precisamos de razão para escrever, a escrita é a "raison-de-être" de si própria. Acção e reacção dum ciclo vicioso que é prazer do culto pela palavra escrita.
Obrigado Cristina :)
Querido compêndio de teorias absurdas (embora sempre com algum fundamento), tenho-te a dizer que acho engraçado como a nossa sociedade recorrentemente dá aso à compartimentação de tudo e mais alguma coisa. De como a maioria tenta enclausurar-se num sector, num sistema fechado, defendendo-o a pés juntos e repudiando todas as outras possibilidades.
Indústria discográfica, indústria cinematográfica, desporto, nacionalidade e religião são apenas alguns simples e rápidos exemplos que demonstram que nós como sociedade sentimos a irracional necessidade de escolher um lado, e defende-lo a pés juntos, ignorando razão e impedindo um ponto de vista imparcial.
Muito me rio eu, quando numa simples visita a qualquer blog sobre tecnologia vejo fanáticos em acesa discussão sobre a companhia x ou a companhia y. "Ai este não presta porque isto, aquilo e sei lá mais o quê." "Ah mas esse não sei quê, não sei que mais." E como "um homem barulhento tem sempre razão", isto normalmente descamba em completo disparate ou em simples insulto (mais de 90% das vezes).
Noutros assuntos, uma das indústrias que mais sofre deste estigma será talvez a discográfica. Numa breve visita a algum blog ou fórum sobre música, ou até mesmo a sites de partilha de música ou videoclips, como por exemplo o youtube, qualquer utilizador pode facilmente ver que mais de metade dos comentários são a insultar o artista x e a dizer que artista a sério é o artista y, já que o artista x supostamente não sabe o que faz. A outra metade ? Comentários devotos e irracionais a evangelizar a magnificência do artista x.
Admito que grande parte da minha vida segui esta ideologia estúpida sem me aperceber. Só ouvia música "rap" porque era a única coisa que prestava, o resto era treta, já não haviam artistas a sério, bla, bla, bla e freaking bla... Agora apercebo-me que estava simplesmente a ser estúpido e irracional.
Na realidade o único requisito para que qualquer coisa seja boa é que haja quem goste e o resto é treta...
Não tenho tido muito tempo para escrever, mas achei por bem vir aqui desejar a todos uma óptima época festival, e um feliz ano novo. :)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Nada de nada, em nenhures...
. Compartimentalização e a ...